No original:
Desculpem lá qualquer coisinha...
Este ano não há Maga logo também não haverá o Relatório Anual de Fanzines e Edição Independente de BD portuguesa de 2015... Porquê? Porque depois de voltado a escrever e a publicar no "formato papel" já não há tesão prá 'net.
Quem quiser pode fazer o seu próprio relatório mental consultando alguns sítios em linha de BD, dos quais aconselhamos os generalistas A Garagem (menos) de André Azevedo e Bandas Desenhadas (mais) de Nuno Sousa e a "selecta" Bedeteca Anónima... Aliás, está aqui malta qualificada para fazerem um relatório!
chilicomcarne.blogspot.pt/2016/01/desculpem-la-qualquer-coisinha.html
De todos os best of e listas afins com que nos mimam por alturas de fim de ano, as do “MMMNNNRRRG” acabaram por ser aquelas que mais acompanhamos, se por nenhuma outra razão pela persistência do mesmo ao fim de todos estes anos - pese quaisquer insuficiências que se lhe possa apontar nas suas preferências.
Onde essas se cruzam com as nossas próprias preferências, temos que admitir que estas listam vão acabar por desaparecer: a época de ouro dos fanzines dos anos 90 nunca mais fará sentido à espécie humana – fora o advento de algum cataclismo que elimine a web mas poupe as fotocopiadoras--- A edição alternativa punk-cospe só existiu nesse formato pelo determinismo tecnológico à data: hoje os teens movem-se naturalmente por ambientes digitais e só muito artificialmente –leia-se: “artsy-fartsy”- poderiam encontrar no zine impresso um meio de expressão honesto no qual alcancem os graus de sinceridade não mediada que os tornaram interessantes para começar. Qualquer zine neste quarto de século é necessariamente um produto de nostalgia anacrónica, não um grito de angústia visceral.
Mas compreendemos o sentimento que invade Marcos Farrajota nestas linhas: apesar da quantiosa e competência das edições do ano transacto, pouco temos to write home about que nos motive o esforço.
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...tha thing is: up into tha light or down to tha void? decisions, decisions...