Saquei o título à crónica do AG de hoje. Não faz mal: ele sacou-me a crónica -bem que vos avisámos que "a sua escrita atinge certas vezes um mesmo comprimento de onda que nos é familiar" Andámos nas últimas semanas a lembrar os teens que agora é com eles -shit, já o dizemos há mais de um ano! - coincidência que não somos os únicos sintonizados nessa urgência:
À juventude cabia a missão de imprimir uma marca profunda na sua época. Essa missão, de carácter messiânico, recusava o convencional engagement político e tinha uma inspiração anarquista e romântica. A juventude devia realizar uma verdadeira redenção da cultura moderna. Ora, o que é feito hoje da juventude? A resposta é simples: é um ideal de beleza física e um conjunto de hábitos, práticas de consumo e modas vestimentárias. Mas é também uma vida bloqueada.
Deve ser a 3ª ou 4ª semana seguida que o Tó (why not?) nos serve de fundo – oficial: não há mais entre os cómicos quem nos motive o esforço. Numa época tão sentida e significativa estes não têm qualquer relevância. Esperem: também já mandámos os cómicos à merda? Já. A história repete-se.
Any-oh, nothin'-new-under-tha-sun, dig-deeper, u-know-where-we-stand:
let's do some hurtin' in pura abstração de espírito.