Não, não, por favor, agora que o começámos a registar, vais até ao fim.
Como disse um juiz do Supremo americano sobre outro assunto, sabemos que se trata de um troll quando estamos perante um troll.
O parágrafo do Rui Tavares que transcrevemos ontem faz referência ao "I know it when I see it", "one of the most famous phrases in the entire history of the Supreme Court", a propósito da determinação de obscenidade. Porque voltámos aqui? Porque hoje queríamos abrir o capítulo dos cartoons editoriais como prometido, e literalmente, na primeira página do primeiro livro que o fazemos, coincidência:
like porn, you know underground comics when you see it
Bum.
Portanto. Só uma coincidência, devemos acreditar?
By tha way, e o contexto dessa frase?
Underground comics can enjoy spectacular success, even getting turned into big-time movies, while many mainstream comics strips languish without ever achieving commercial viability, much less actual profitability. In the end, it's all about content; like porn, you know underground - yadda yadda yadda
Underground comics vs mainstream, com uma luz positiva sobre o underground, particularmente preocupados com a sua viabilidade financeira mas que, ao fim do dia, "it's all about content" mesmo?
E o contexto desse contexto?
Comic strips that appear in daily newspapers (...) are mainstream. Underground comics feature words and imaginary that editors of daily papers believe would provoke floods of angry letters
Ou, aquilo do punk.
E do pós-texto *?
* porque sim, é uma questão de ritmo!
to bring together a genre of cartoonist who can be classified in neither (or both) [underground ou mainstream]. Too alternative for mainstream and too mainstream for underground (...) fall between the cracks of our narrowly-segmented mass-market culture
Pah...? Que nOS POSITIVOS, underground-hardcore, quando procuramos explicar-vos as vantagens de determinado género de comics -os cartoons editoriais- enquanto veiculo de comunicação privilegiado para o sentido que lhes queremos conseguir, circundando os media habituais -imprensa- através de canais alternativos -open web-, num mix que fará deles um animal novo diferente dos já conhecidos -webcomics, como ainda os temos que definir mas haveremos de lá chegar...- incentivando os teens a fazê-lo da forma que sempre o fizemos -being a goddam punk!-, nem que para isso tenhamos que primeiro explicar aos punx do formol que têm que conseguir libertar-se de velhas fórmulas que os fecham em tupperwares sanitários para consumo das massas, calhamos a encontrar hoje no foreword de um livro editado em 2002 a mesma referência a uma expressão de 1964 que por acaso fizemos eco ontem, em temas terrivelmente análogos? Nigga, please. Não, não está tudo ligado.
Mas espera, e-há-mais! Aquela primeira citação? O resto:
like porn, you know underground comics when you see it. Unlike porn, not enough people see them.
-pergunta-me o que estavamos a ver agora mesmo que já me nem podíamos mais? Porno. Shit-u-not.
Hey! Tu tenta descarregar o terceiro livro desta colecção sem atravessar um porradão de banners explícitos e pop-ups sugestivos.
E... for fuck's sake!!!!: o tema do terceiro nº que nos falta e só hoje descobrimos sequer que existe de uma colecção sobre "cartoons" que amarelava ali nas estantes há mais de uma década e que íamos cruzar aos webcomics? Hell, adivinha lá. Ma'niggas: ya all figments of my imagination.