sorry folks: u forgot tha say 'please'
voltaremos quando vos for mais inconveniente

o processo criativo deve ser retido

Não somos os únicos que retiram sentido de casualidades.


Steffen Kverneland

Ontem: a propósito de novas tecnologias, novas formas de comunicação, registos, efémero, e terminámos com um "snapchat" igualmente destinada a desvanecer com o tempo -e algumas fake news pelo meio- no tópico da parentalidade *.

* Ontem: dia del Papi!

Retrocedendo: o post que originou as leituras subsequentes? Além de nazis, deixa cair um nome perto do fim do texto, Neil Postman. E se já largamos por aqui algumas vezes o meio e a mensagem, o Homem-do-Correio é um candidato óbvio a merecer uma recensão, mas faltava-nos o click para fazer dessa uma obrigatoriedade moral incontornável do momento. Procurámos a Wikipedia 21 mar 2017:

Neil Postman was an American author, educator, media theorist and cultural critic.

Já tem bastante a correr por ele, mas todas as boxes que checka não bastavam, precisávamos do toque final: aquele que nos agarra lá do fundo e sussurra ao ouvido "we-talkin' tha ya". Faltava aquela casualidade totalmente random para unir os pontos, uma coincidência de temas que se cruzam nos momentos mais impossíveis, textos escritos nas mais diversas alturas que se lêem por acidente exactamente no mesmo momento.

E não foi preciso pesquisar muito além para a Wiki nos devolver um wink(i) malandro. A chave que desbloqueou mais esta porta? Esta, neste preciso momento das nossas diatribes de cultura no digital, punx, comics, media, tech, nazis, etc:

Even as he wrote in times before the widespread availability of the Internet, he acknowledged that there is probably no turning back from our visual, electronic age. Thus, he writes, "Resistance entails conceiving of parenting as an act of rebellion against American culture".

Estaremos a imaginar demasiado? Dúvidas houvessem, a relação às nossas teses:

"Adulthood has lost much of its authority and aura, and the idea of deference to one who is older has become ridiculous".

Senhor Carteiro, tem toda a nossa atenção.

Apesar do convite mais descarado o Neil é-nos mais sumarento na relação à tech e trataremos desta em detalhe amanhã, pelo que despacharemos já os seus escritos sobre educação e o desaparecimento da infância para os tirar do caminho. Esta é 100% destinada aos cómicos entre nós: se não perceberem a intenção, digam :)

Do "The Disappearance of Childhood".

In 1982's The Disappearance of Childhood, Postman argues that what we define as "childhood" is a modern phenomenon. Prior to modern times, children were considered "little" adults, rather than today's conception of them as "unformed" adults.

In medieval times, children and adults "lived in the same social and intellectual world". Children were not shielded from the harsh realities and shameful secrets of the adult world. The middle age's absence of literacy, education and shame explains their absence of our conception of childhood.

Postman credits the invention of movable type printing to the idea of childhood. With literacy came adult "secrets", information available only to adults who could read. Adults now had "unprecedented control over the symbolic environment of the young", childhood became viewed as an idyllic time of innocence.

In 1950 came television and the disappearance of the child. Television is an egalitarian dispenser of information. No longer were there adult realities and secrets. Television, which became the dominant source of information (over books), requires no specialized learning, further diminishing the distinction between children and adults. Some television content adultifies and eroticizes children; some television infantilizes adults. Television has created a three-stage life cycle: infancy, adult-child, and senility.

His evidence for the disappearance of childhood: the rise of crime perpetrated by and against children; the increase in sexual activity and drug/alcohol abuse in children; children and adults sharing musical tastes, language, literature, and movies (many big budget movies are comic books that would have been marketed solely to children years ago); the lack of differentiated clothing styles (little girls in high heels, grown men in sneakers).

E, acrescentamos nós, "a bd já não é só para crianças".

Demasiado, demasiado rápido? Break it down, slow it down: literacia, literacia visual, fim da inocência, meios de massas, populares, conteúdos eróticos para crianças, conteúdos que infantilizam adultos, adultos e crianças que se confundem com gostos transversais a todas as idades? Oy?

Next: tha Postman.

a divertir-nos até à morte