They would cheerfully acknowledge the thinness of their research: ‘It’s not about knowledge.’ Yet if thinking is just connecting things, of course it’s exciting, like taking amphetamines. But thinking is also about disconnecting things.
in "Accelerationism: how a fringe philosophy predicted the future we live in" 11 maio 2017
E de temas desconexos que estão mais ligados do que parecem -se nos acompanhas em raciocínio, ie- de novo voltámos a tropeçar numa conexão de tópicos que nos excita além do descritível. Demasiado súbito e demasiado extenso para resumir por agora, comecemos pelo mais deslocado à lógica, com a ligeireza de pesquisa que se exige. Falamos pois, de banda desenhada, da qual nos continuamos a ocupar ainda que esta mal consiga o teu tempo de antena entre nós. Para cor ao tema, que se estende por outras ligações improváveis, das leituras do dia:
Some good comics are on Instagram. Did you know that?
Plataformas sociais online e comics. A propósito do Instagram, uma nota curta que tantas implicações exigem.
It’s a very convenient way to view comic strips, they said.
Do other people (*) do comic strips on Instagram, they asked - I said yeah.
in Comics Workbook 15 maio 2017
They said, I said, she said. E acresce a um pequeno resumo da história da BD nessa plataforma uma teorização à adaptabilidade do meio. Da história:
It’s interesting to me —to my knowledge, Comics Workbook’s own "Suzy and Cecil" was the first real traditionally minded comic strip to come out of the comics community on Instagram. And one specifically made to fit the format to boot. I think maybe Michael Deforge’s "Leaving Richard’s Valley" came about around the same time (exclusively on Twitter originally) – followed closely by Jim Rugg’s "Running Comic", where he documents his training for the Pittsburgh Marathon, and Mickey Z’s "Space Academy 123".
in Comics Workbook 15 maio 2017
E a hipótese:
I like that cartoonists are constantly adapting to the next best available format to get our stuff out there. Since the slow and quiet fall of tumblr cartoonists are making their Instagrams a prominent place to put out work, and the work is morphing to its new platform. Instead of short serialized comic book pages every few weeks or months on tumblr, Instagram allows good use for square (literally) four-panel daily strips (**).
in Comics Workbook 15 maio 2017
Da relação plataforma e formatos, check. Do beco evolutivo que são os silos proprietários, vide "slow and quiet fall of tumblr" vs "Instagrams [as] a prominent place", check. Muitos outros threads a puxar por aqui sobre a evolução dos comics: check. E, com particular incidência às nossas teses cruzado à cultura web, com destaques nossos, check:
*) Asterisco primeiro: o "as outras pessoas também usam a web para comics?" é no original acompanhado do parêntesis:
Of course they meant other than the legion of memes and bad nerd/fan clickbait crap civilians refer to as "comics" sometimes.
in Comics Workbook 15 maio 2017
**) Asterisco segundo, aquilo do popular na migração do tumblr ao instagram:
I think it also helps that real civilians are on Instagram, whereas tumblr or deviant art was preaching to the choir.
in Comics Workbook 15 maio 2017
Oh, só o que faremos destes dois últimos excertos -quando chegarmos à bd, eventualmente, ie-: o povo da web, punx, bd, auntenticidade.
Para as teses fecharíamos o registo mas para aquilo das coincidências acrescem as ligações que se fazem e aqui começa a nossa queda pela toca do coelho. Nesta mesma peça e sem nenhuma relação o autor cita as entrevistas do TCJ a Sammy Harkham sobre o o recente "Crickets #6" (parte I 8 maio 2017 e parte II 10 maio 2017). Quem seguir o tópico aterra rapidamente na crítica do mesmo TCJ de 2015, que entre elogios ao "Kramers Ergot", colectânea do dito, e comparações a Kurtzman, Crumb e Spiegelman, começa com esta pérola:
There are plenty of younger (and older) cartoonists whose attempts to keep their production rates at 320 kbps have thrust them a lot further into the limelight than the guys and gals who methodically carve away at their pages unseen for a few years before dropping a new thing, but as the internet cheapens "content" past any low it’s ever sunk to previously, comics with nice slow production schedules seem to matter a lot more when they drop.
in "Crickets 4" 19 jun 2015
Oh, o que em dois anos se fazem à aceitação de meios e hábitos: dir-se-ia que a tecnologia tudo acelera - e chegamos à questão de fundo que hoje nos toca. Se vos parece demasiado desconexo, prometemos-vos que ainda teremos de escavar mais fundo antes de voltarmos a ver a luz ao fundo do túnel. Dêem a vossa atenção à citação inicial: "accelerationism", diz-nos o título da peça, previu o futuro. Mas não descurem do "slow and steady wins the race", porque também nós temos o dom de prever o que há-de ser.
Se já uniste os pontos seguramente partilhas da nossa excitação. Desconectando, as amphetamines vão kickar agora, continuamos na próxima.