sorry folks: u forgot tha say 'please'
voltaremos quando vos for mais inconveniente

cultura crítica

"Quem quiser que remova imagens ou textos, por não gostar da utilização efectuada das imagens ou dos visados nos artigos, é melhor enviar uma notificação judicial com o fundamento legal para o pedido de remoção desses conteúdos." in aCalopsia nov 2017
Idem, mas mandem para Bruno C, não para nós.

Registemos o debate num sítio de notícias e opiniões que se assume (*) como "amador", onde se questionam entre outros tópicos as escolhas de Pedro Moura e Sara Figueiredo Costa para o Amadora BD, edição 2017.

* "O projecto que tem um orçamento de meio milhão de euros não é o aCalopsia."

Alimento para o pensamento, nOS POSITIVOS não nos ocupamos da polémica, ainda a "seguir o seu curso", não tratamos dos ditos ou quem o diz, não nos importa o que se discute, mas a discussão per se enquanto case study, e permitam-nos a volta maior para a conclusão que apresentaremos em final de lógica, final de artigo. Desculpas adiantadas pelo caminho tortuoso mas obviamente teríamos que enrolar (*) as nossas teses à conversa ou não estaríamos a cumprir com o nosso próprio serviço público.

* E depois de uma semana a ler sobre ética por filósofos gregos, curto e directo está temporariamente fora de serviço.

De PM fechámos capítulo em abril passado e não há desenvolvimentos de nota passados estes meses -apenas a confirmação, mesmo se naCalopsia o façam por outras vias. Já os intentos de Sara Figueiredo Costa à ABD são-nos pacíficos, mesmo de louvar, mas somos suspeitos - vide as nossas teses: SFC torneia-as e enriquece um tópico que está na ordem do dia, só a podemos criticar por terminar os seus esforços onde acaba o palpável e começa o intangível – um exercício a que não nos escusamos por estas bandas. De Bruno Campos, estamos felizes por poupar SFC a "prémios" na sua última entrada e poderíamos dizer-lhe que lhe basta mudar de canal se não gosta da programação, mas a sua reclamação sustenta-se num pressuposto que, não sendo o nosso, é perfeitamente válido aos que a esse assentem: $$$. A exemplo basta-nos recordar, totalmente a despropósito mas igualmente referidos nos textos de BC, Marta Teives e Nuno Saraiva, de quem soubemos ontem por Geraldes Lino que receberão bolsas para criação literária do Ministério da Cultura, a mesma que no passado, diz-nos GL, premiou David Soares, Filipe Abranches e Miguel Rocha. Pouco importa -ou deveria importar, e muito menos importar-lhes - a opinião de cada qual sobre os afazeres destes autores, todos eles maiores e vacinados, excepto, claro, quando os mesmos submetem a sua liberdade criativa trocando autonomia por auditoria (pública).

As bolsas anuais têm, cada uma, o valor de 15.000 euros, e as semestrais, 7.500 euros. Marta Teives está incluída nas bolsas anuais e Nuno Saraiva nas semestrais.
in "Bolsas de Criação Literária incluem BD" 8 nov 2017

A liberdade de cada um acaba quando nos chamam a pagar a conta, algo que nOS POSITIVOS toca-nos sempre da forma errada. Nesse sentido, BC tem todo o direito de sujeitar os responsáveis da ABD a todo o escrutínio que lhe ocorra, e estes a contrapor.

Preâmbulo feito, a reflexão necessária. Um blog vs críticos profissionais na frente cultural? Recuperemos uma entrevista do mês passado sobre media, jornalismo e críticos culturais no desemprego, para que não se acuse BC de ave rara ou caso único. Pelo contrário, preenche um vazio que outros recuos fomentam - shiiiiit, não fossem as improbabilidades de público (*) e de bom grado escreveríamos para o aC.

* Isso, e aquilo do guia de estilo que nos censura os "shiiits".

A tendência:"how the arts media landscape is being disrupted" + "this is the latest wave of cutbacks in cultural coverage". Notemos então como o panorama artístico está a ser perturbado pela última maré de revezes à cobertura cultural do dito. Distanciem-se, senhores, e comecemos:


I


Professional cultural journalism is not just returning to its classic form. It’s joining the rest of the cultural industry transformed, for good and bad, by digital change.
in "Arts Critics Are Disappearing From Newspapers. Or, Wait, Is That The Good News?" 27 out 2017

Ah, o digital. O cite anterior termina sentença com um igualmente meritório:

There’s lots of arts journalism all over the place, but it’s mostly becoming part-time, piecemeal.
in "Arts Critics Are Disappearing From Newspapers. Or, Wait, Is That The Good News?" 27 out 2017

tratámos desta tendência antes.

We’re losing reviewing jobs. Meanwhile, online, this could be a golden age for writing on the arts, on literature and music.
in "Arts Critics Are Disappearing From Newspapers. Or, Wait, Is That The Good News?" 27 out 2017

Ninguém disse que eram simpler times. De simpler times:

When we think of cultural critics – if we think of them at all – we often imagine the current crop as descendants of a line that started with, say, Giorgio Vasari on Italian Renaissance artists through Charles Baudelaire’s literary criticism and George Bernard Shaw’s theater reviews and on up to influential figures like Edmund Wilson and Clement Greenberg in New York in the ’50s and ’60s. The flaw with this imagined line of ancestry is that all the Great Critics from the past typically lived and worked in their country’s major cultural center: Florence, Paris, London, New York. Local arts reviewers didn’t appear in most daily papers until the mid-‘70s – back when even medium-sized newspapers were pulling down 18 percent profit margins. Newspaper owners and editors began getting ambitious, feeling they needed to be taken seriously and their city’s cultural climate needed to be seen as sophisticated. In other words, newspaper reviewers have existed only for what amounts to a blip of cultural time, just the last 40 years. So it’s little surprise that when the 18 percent profit margins went away, the reviewers did as well. Seen in this historical perspective, it’s apparent newspapers, magazines and arts journalism in general are essentially returning to the baseline situation that has prevailed in cultural criticism (...) since … well, forever.
in "Arts Critics Are Disappearing From Newspapers. Or, Wait, Is That The Good News?" 27 out 2017

E, aquilo de meio milhão de orçamento em falta no nosso Patreon.

One of the reasons Edgar Allan Poe’s life was so desperate is that he was one of the first Americans to try to make a full-time living as an editor-poet-lecturer-journalist-fiction-writer-critic. Poe wrote during an early golden age of literary journals and periodicals in America, and he became a lightning rod, an influential literary figure. And he never really escaped grinding poverty.
in "Arts Critics Are Disappearing From Newspapers. Or, Wait, Is That The Good News?" 27 out 2017

Sempre o $$$. Mais:

Is this the last of the old-school cultural gatekeepers?

Critics aren’t gatekeepers. They’ve never prevented someone from seeing or hearing or reading what they really want to. The real gatekeepers are any cultural outlet that says, pay up before you enjoy this experience we offer.
in "Arts Critics Are Disappearing From Newspapers. Or, Wait, Is That The Good News?" 27 out 2017

...cruzado à crítica e gatekeepers: têm toda a nossa atenção. Acresce a imbecilidade dos social media onde tanta discussão inútil acontece:

They’re looking for great stories to tell to a cellphone-connected audience – just not necessarily in the “parameters of a classic ‘review.'”

We learn about what’s going on through our friends on Facebook, through our Twitter feeds. Newspaper editors say their online reviews barely draw readers. It may be a generational change – with younger arts goers preferring the quick hit on their smartphones. That’s becoming the norm. But we’re losing someone whose job it is to keeps tabs on day-to-day developments, who can put individual arts offerings in a knowledgeable context.
in "Arts Critics Are Disappearing From Newspapers. Or, Wait, Is That The Good News?" 27 out 2017

PROs:

There are plenty of bloggers and websites devoted to music acts and new art forms and behind-the-scene peeks. They’re covering a lot that traditional media hasn’t really been covering, and for audiences they didn’t really address.
in "Arts Critics Are Disappearing From Newspapers. Or, Wait, Is That The Good News?" 27 out 2017

e CONs:

Twitter and Facebook have some serious limitations: ten years from now, what will we have to prove that this was important to what was happening in the world?
in "Arts Critics Are Disappearing From Newspapers. Or, Wait, Is That The Good News?" 27 out 2017

Da importância da descoberta. Este é um ponto importante que parece-nos não o martelar o suficiente na transição do Google como pesquisa para o Google como sugestão.

The difficulty there, though, is that people have to find these sites. People have to know about such sites already to follow them – or go to the trouble of looking them up. Who has the time or the patience?
in "Arts Critics Are Disappearing From Newspapers. Or, Wait, Is That The Good News?" 27 out 2017

Como também poucos se dão ao tempo de registar os inner-workings de hábitos modernos.

Let’s reverse-engineer our thinking about digital and real-life: All the cultural offerings in a city are like a giant, analog version of Netflix. Or like the internet itself. People talk about binge-watching on Netflix or becoming immersed in the web. They don’t talk about what most of us actually do: scroll through menu after menu, webpage after webpage, cat video after cat video, wondering if this or that is something we’d enjoy, something worth stopping for and spending our time on.
in "Arts Critics Are Disappearing From Newspapers. Or, Wait, Is That The Good News?" 27 out 2017

Voltando então aos nossos críticos, e às críticas que lhes são feitas.


II


Um) da complexidade da nova realidade, novas formas, velhos modelos, $$$ e Arte, Capital e subúrbio, gatekeepers e cellphone-connected audiences, "again, I return to my previous point. Go online."

What you’ll find on most such sites are reviewers who are the editors or the website founder, university teachers doing arts journalism as a sideline, as a passion, or you’ll find fans and boosters. In other words, it’s mostly freelancers. What we’re missing these days is arts coverage as news: the kind of long-term, in-depth coverage.
in "Arts Critics Are Disappearing From Newspapers. Or, Wait, Is That The Good News?" 27 out 2017

Nigga please: os P+ estão tão in-depth no seu coverage que poucos conseguem ainda ver a luz ao fim do túnel.

E dois) de ver a luz:

So there’s that: small and local can fill a need. Quality content is what eventually wins out – in the arts, online and in journalism.
in "Arts Critics Are Disappearing From Newspapers. Or, Wait, Is That The Good News?" 27 out 2017

E se não parece, terminamos aqui o nosso comentário ao debate do ABD: o que neste se mostra, e do que desses se fala. O tempo ditará quem tinha razão, e quem borregou em serviço: só dos conteúdos com qualidade rezará a História.

E no tópico de História, a nossa deixa: voltaremos aqui.

OS POSITIVOS: we're need-filling u local folks.

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