oh tweedle dee & tweedle dum,
will you ever learn...?
“Espera-se de um cidadão responsável numademocraciaque não se cale e não se acomode, porque é esta inquietação e este envolvimento (…) que constituem o sangue dademocracia–e não os rituais cada vez mais desprovidos de sentido das eleições, que nada ou quase nada mudam, onde apenas se escolhem nomes de entre opções pré-seleccionadas por umas dezenas de apparatchiki desconhecidos e de idoneidade duvidosa, onde todos os compromissos são jurados mas nenhum é cumprido, onde nenhuma responsabilização individual é possível, onde as opões possíveis estão limitadas a um oligopólio de partidos e onde o poder, faça-se o que se fizer, nunca foge a um cartel que tem como credo o servilismo absoluto ao poder corrupto e nunca escrutinado da finança. (…) E a nossa natural bondade gosta de pensar que esse alguém que ouve o povo é um poder benigno ou pelo menos que tenta ser justo, ou, no mínimo, prudente. Gostamos de pensar que entre esta sociedade civil (…) e umestado democráticoexiste diálogo e que todas as manifestações dos cidadãos são de facto ouvidas, levadas em conta, pesadas. E que, em caso de grande dissidência, existe sempre a Justiça para arbitrar os conflitos. Mas… e quando isso não acontece?”
José Vitor Malheiros)