Explicado aos américas pelos nossos amigos franceses...
It is obvious that the slideshow, in all its variants and particularly in its turbomedia guise, has, ever since its creation, become a new possible standard format.
in "With, Against or Beyond Print? Digital Comics in Search of a Specific Status" 27 set 2017
Óbvio. E como prometido, Turbomedia. Formato originalmente francês e proposto inicialmente por Malec et cia - de quem apropriámos antes o seu Flash - como resposta à BD digital, esta variante própria dos webcomics define-se por uma espécie de carrossel slideshow mono-painel onde se sucedem multiplas acções que partilham do espaço simulando diferentes planos ou passagem de tempo. Assim descritos, a relação com outras sugestões é bastante familiar. Com alguns exemplos em https://turbointeractive.fr/, recomendamos a segunda parte do "About digital comics": o "About about digital comics" para uma explicação acelerada mas eficiente da gramática deste novo arrumo de BD.
Balak: "can you make a tutorial?"
Onde começam as especificidades: 1) animação, nesta modalidade tem uma presença mais regular além do habitual, sempre na função de suporte à história enquanto fundo em loop ou transição de momentos. Palavra-chave, "suporte":
Tradução autobot do FR para EN para a nuance a reter:
[Anthony Rageul] What is at stake for turbomedia is therefore the possibility to position itself as a specific medium feasible thanks to the inherent interactivity of the technique: ‘It must remain something you read. Slide shows don’t scroll automatically. We are not waiting the end of a “show” (sound, video sequences, long animations). The reader remains in control of her/his reading rhythm. However, it is possible to include very short and cyclical, or inter-page-screen, animated sequences’.
There are different gradations in the relation between turbomedia and printed comics, from the first school which remains close to conventional navigation within the medium to the third one which attempts to distance itself from the opposition between fixed and animated picture by embracing multimediality.
For turbomedia not to transform into one of its parent mediums, it should contain only animation loops or heterochronic animations. [Philippe Marion] ‘In a heterochronic context, the reception time is not programmed by the media, it isn’t part of its enunciative strategy. Books, the printed press, advertisements, photography, comics: all are heterochronic spaces, meaning that the period of message consumption is not mediatically integrated, it is not part of the emission time’. This distinction allows us to place digital animated comics on the side of printed comics, from which they would only differ in the way they display images without questioning its reading modalities. In the case of turbomedia, one must add the (mild) interactivity of the technique since it is necessary to click or press a key to see the next picture (or series of pictures), a movement similar to moving the hand on the trackpad or the mousewheel to scroll (horizontally or vertically) through a digital strip.
in "With, Against or Beyond Print? Digital Comics in Search of a Specific Status" 27 set 2017
Ainda do sítio anterior, os "La roue Béninoise" demonstram já uma tendência formal entre os partidários do formato. Uma que somos também praticantes pese as diferenças e o grau: 2) a repetição dos elementos visuais. Ao contrário da prancha que os desloca no espaço atenuando esse efeito de repetição -como nós- o autor a abraça. Não apresentamos aqui nenhum longo cite em repetition como o fizemos para as animações, mas merece o destaque.
Ponto 3) porque "três é mágico", uma observação final: independentemente do que fazem dentro deste formato, o seu acesso ocorre exclusivamente online mas em várias ocasiões nos deparámos com websites incompatíveis com resoluções inferiores ao desktop numa altura que o grosso da navegação ocorre em ecrãs de bolso. Regressamos a dificuldades anteriores, como podemos ter novos formatos de BD digital se ignoramos o seu momento de leitura? Às vezes, vale a pena tirar o pé do acelerador para pensar nesses pormenores, não podem ser apenas um pequeno afterthought da sua existência. É digital, não existe no éter...
O que nos devolve yet again à forma mais natural da BD online. Voltaremos, ainda nos franceses.