Why should socialists and communists care about comics? For us, the answer is simple - comics are where the people are.
in "Four Colors Red: A Leftist Comics Zine" jul? 2018
Continuamos em tons de ridículo e arrancamos hostilidades em paralelos à crónica de AG onde fomos buscar título: ele trata de arte e curadores, nós de BD e curas.
In 2019, Dr Trevor Strunk and friends want to spend a whole year delving into the politics of comics! We're going to explore parts of comics other sites won't touch and tie them in with the issues of the day!
in "Four Colors Red: A Leftist Comics Zine" jul? 2018
Nada menos que um milagre: i) a procura de intenções moralistas, políticas, conteudísticas e temáticas em BD, posta ao serviço da engrenagem monolítica, autoritária, an-artística e ilegítima (...) em total autonomia negada às obras que selecciona (*), ii) publicado em zines -digitais!- por iii) punks on a mission: "Four Colors Red: A Leftist Comics Zine" jul? 2018
*) A contrário ao AG, não acusamos nada contra - perdão se passa por sarcasmo, só mesmo entusiasmo.
Promete-se discutir a enorme instrumentalização e alienação do trabalho dos artistas, ao gosto dos filisteus, e para a glória eterna do sistema, dissecar arte como função social apontando-se formas de comunicação da arte na época das fake news:
Numa operação complicada (...) perante temas tão grandiosos e urgentes todos nós, que nos preocupamos com o curso do mundo e com as suas misérias e injustiças, não podemos fazer outra coisa senão inclinarmo-nos perante um arte tão empenhada.
in "A arte miraculosa dos curadores" 20 07 2018
Da complicada missão:
Since 2008, a once-niche corner of popular culture has expanded rapidly - providing a near endless supply of spectacle, merchandise and ideology. People flock to see the latest movie, people cosplay and people read comic books in print and on their tablets and phones. Thousands if not millions of socialists already engage with a form of literature and theatre that insidiously reproduces the ideology of the ruling class. Steve is a military super weapon wrapped in a flag. Tony is the archetypal American industrialist and arms dealer. Thor is a monarchistic deity. It goes on. Socialists have two choices - we can either shun this fandom, or we can accept it as a modern phenomenon and insist it be placed in a proper social context. Everything is ideological.
But this is not some joyless nitpick - we love comics. We love how outlandish, absurd and problematic they are, and beneath that all, so many comic books are legitimately wonderful and unique. Navigating the morality and political aspect of comics is a challenge. To meet that challenge, we're creating Four Colors Red.
in "Four Colors Red: A Leftist Comics Zine" jul? 2018
E índice dos zines - resumo nosso:
in "Four Colors Red: A Leftist Comics Zine" jul? 2018
- Issue #1: megacity: the thatcher years
Radical right, Judge Dredd, Margaret Thatcher: a history of the first 13 years of Dredd stories against a backdrop of government repression and social decline.- Issue #2: adventure capitalist
Do you ever wonder what union rights are like in the world of Stark? If you've ever wanted to imagine what a technocratic superhero would be like in the real world, you have so many horrifying examples today.- Issue #3 synthpop vs the dark gods
We’ll explore 1980s pop and melancholy , MKULTRA, Cthulhu, Acid House. One of the finest examples of revisionist superhero storytelling from the 1980s.- Issue #4: at home, with bone
Carl Barks. Bill Parker and CC Beck. Jack Cole. Will Eisner. And, of course, Jeff Smith. Wait, really?- Issue #5: odinson or failson?
Jack Kirby and Walt Simonson have grasped something about the mythology of comics that so few people seem to understand.- Issue #6: modern love, modern rockets
Love and Rockets laid the ground for dozens of magic realist webcomics and helped define a whole generation of self-published artists and creators. Layered with a DIY ethic and the history of an America we see the current president and government so fomenting against.
Apesar das intenções temos dúvidas e ao colocarmos estas perguntas já estamos a desconfiar do curador: para que querem o $$$ se são zines digitais?
We will be using the PDF format to distribute the first year of zines
Evidentemente, não inclinados para o fazer. Conta com a nossa simpatia e solidários com o "raising a young family and juggling work in late capitalism" mas desconfiados da imperatividade do $$$ para pensar em banda desenhada e perdem-nos no "publishing the zines electronically is going to be a big ask". Mashup nosso:
Turning down freelance work to burn the midnight oil on a zine, SSL certificates for websites and even small treats like a coffee all add up. If you can fund us to $2,000, we can start this up.
This is a true passion project, help us create a self-funded voice and resource for the comics reading left in 2019 and we will reward you with senses-shattering discourse.
Quando precisam de $2,000 para prosseguir "a true passion project" esse true não nos soa autêntico mas processual, não é um amor que move montanhas mas moverão montanhas com amor se o preço for o certo. Poucos reclamarão da comparação, natural a toda uma escola de pensamento rendida à arte como lavar pratos ou picar colunas no excel das nine to five.
Truísmos por André Caetano, @AndreIllustrate, Illustrator from Portugal. Love drawing stories.Mas aqueles que não têm hora marcada à expressão pessoal e – sobretudo – se guiam por uma lógica que escapa ao capitalismo tardio, tardam em encontrar alternativas para as suas premências criativas. É-nos pacífico que no polo industrial / comercial essa lhes seja impossível de computar, mas que entre punx se dependa o avanço da humanidade porque o $$$ não está lá, um aborrecimento, no mínimo. Estranha paixão essa:
"Eu amo-te! Mas pendente dos $2,000."
Somos de outra escola de pensamento, onde a prática de queimar o óleo da meia noite sem esperar nada em troca é -yet another- nome do meio: recorremos a expedientes digitais que nos permitem manter os prejuízos abaixo de “small treats like a coffee” - custeamos domínios dos sítios por vaidade pessoal a não onerar sobre os visitantes - e os fanzines impressos são simplesmente oferecidos (*) a quem os pede.
*) Com o patrocínio de terceiros que o ignoram mas a ética do offset de custos em economias de mercado não caberá neste espaço mesmo se o post tem o título que tem.
Haverá formas menos sofridas de o fazer? Sim. Seria a mesma coisa? Não. Melhor ou pior? Sem pressa para o descobrir, a viagem faz-se e não esperamos que todos possam seguir do nosso exemplo, é pessoal a cada qual e há situações óbvias onde o desaconselhamos. Concluímos com AG, novamente descontextualizado:
Mas, uma vez superada esta condição de reféns em que nos coloca esta operação curatorial-especulativa (...) é a nossa vez de “especular”. Para o fazer, nem é preciso grandes elaborações teóricas, basta desembaraçarmo-nos dos feitiços da epidemia curatorial e, com base em princípios fundamentais da estética e da filosofia da arte, fazer algumas perguntas, como se fôssemos uns cépticos troublemakers.
in "A arte miraculosa dos curadores" 20 07 2018
Carreguem "curatorial" por outras actividades "especulativas" e temos a nossa resposta.